sábado, 5 de abril de 2008

Quem não é lido não é lembrado...

"palavras apenas, palavras pequenas..."

Estava pensando dias desses sobre algo muito peculiar: Para mim o amor tem que aguçar todos os sentidos. Tem que ter cheiro. Tem que ter gosto. Tem que ter cores. Mas acima de tudo tem que ter palavras.
Para mim a máxima “um olhar vale mais que mil palavras” é balela. Ver, sentir, ler, reler, grifar, colar na agenda... Ouvir, seja poesia, frase pronta ou uma simples palavra. Mas que eu ouça, que eu leia.
Diga, escreva, eternize. As palavras são tão simples de serem soltas por aí, as vejo como um raio-x do coração. Não podemos e não devemos esconder do mundo nossas palavras. Nossos ancestrais tiveram tanto, mas tanto trabalho para criá-las, modificá-las e você as desperdiça assim? Guardando dentro de si? Não, Não e não!!
Eu não me apaixono por pessoas. Me apaixono por palavras, pois as tenho em minha essência. Quero verbos, pronomes, sujeitos ocultos, adjuntos adnominais ou nominais, substantivos sejam diretos ou não, artigos, advérbios...
Mentiras sinceras, verdades ocultas, aflições, carinho, ódio rancor, paz, amor... Quero poder ler tudo isso em alguém, ler tudo isso de alguém. Não precisa ser bonito, rimado, bem escrito ou conjugado. Só quero conseguir interpretar.
Não vou apontar os erros de português, inglês, espanhol, francês, italiano ou mandarim (esses dois últimos então, nem poderia!!), não vou analisar suas frases como a professora de português chata, que exige a perfeita concordância entre “ os verbos e os seus discípulos” muito menos se você escreveu errado. Porque no amor eu não procuro os erros, mas sim os acertos, o objetivo final de daquele texto. Me preocupo em sentir se todas aquelas frases irão me emocionar ao ponto de querer reler, grifar, circular, publicar, colocar num mural aquele pedaço de papel.
Quero ter caixas e mais caixas com folhas e folhas, de rascunho, brancas, recicladas, rosas, azuis, coloridas. Papel de carta, de escritório, de seda, cartolina. Bilhetinho, cupom de supermercado, cardápio da lanchonete, caderno, livro. Escritos à caneta esferográfica, giz de cera, aquarela, lápis preto ou de cor. Com letras bonitas, garranchos, sinais, cartas criptografadas, digitadas, datilografadas. Sentimentos descritos, tudo ali, comprovado, seja com poesias tortas, prosas rimadas, declarações de amor ou de guerra, lembretes e afins. Quero ter história para contar, quero ter bagagem para levar.
Por que, o amor que é feito sem palavra, para mim não é amor. Sabe a máxima do “quem não é LIDO, pela michelle não é lembrado” ? Então... Amor assim para mim não serve.

Escreva-se...

... Que eu te leio!

Bjus

mi ;)

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