sábado, 19 de abril de 2008
À caneta.
Durante algum tempo, concordei veementemente que o meu coração era escrito à lápis. Mas com o passar do tempo, percebi que não, que ele estava bem cheio é de frases azuis.
Frases escritas com força por uma caneta azul. E as frases de caneta, eu não posso apagar, como diria Nando Reis. Mas sabe, nem quero.
Cada uma forma o vocabulário que tenho hoje. Algumas frases foram escritas em cima de outras tal e qual alguém que tenta apagar uma tatuagem que não gostou com outra feita por cima. Outras foram tão bonitas que eu não deixo ninguém escrever por cima. Tem aquelas que foram escritas tantas vezes, que nem tem mais lugar. E tem outras que eu mesma escrevo. Só por garantia.
Hoje, eu estou escrevendo tudo à caneta. Pelo menos agora, o zelo que a caneta faz com que tenhamos ao escrever, se faz mais necessário do que nunca dentro de mim.
Pode ser só uma fase e eu volte algum dia a querer escrever à lápis novamente. Mas também pode ser uma transição.
E as mudanças, me amedrontam. Mais do que deveriam.
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