domingo, 27 de abril de 2008

Era uma vez...



"... eu tô falando de amor, e não da sua doença..."


... Uma menina que era muito feliz. Ela tinha começado a faculdade e estava na melhor fase de sua vida. Além de estudar, saía com as novas amigas que tinha conquistado, fazia festa, dava risada, brincava com a vida. Crescer? Pra quê? – pensava ela -. E cá para nós, ela não estava errada, ela ainda tinha mais três anos para brincar de ser adolescente antes de ter de crescer definitivamente.
Mas o tempo passou e ela conheceu o que achava ser o príncipe encantado. Ele só não tinha o cavalo branco. E começaram o seu conto de fadas, lutando contra tudo e contra todos. Roteiro lindo, se não fosse trágico.
E com o tempo, o príncipe foi mostrando-se dragão. Enclausurando a menina feliz. Desrespeitando a menina feliz. Manipulando a menina feliz.
Ela tornou-se triste. Seus olhos não transbordavam mais felicidade. Ela agora carregava um fardo totalmente desnecessário, mas carregava. A menina não mais sorria, a menina não mais falava sobre coisas leves, a menina não mais fazia coisas boas e divertidas, não tecia novos laços de amizade, não tinha tempo para fortalecer os antigos, não tinha novas experiências. Não tinha mais tranqüilidade. Não tinha mais paz.
Esse conto de fadas ainda não terminou, mas a autora se pudesse redigir o roteiro final, diria que em uma bela tarde, a menina acordou para a vida e foi vivê-la. Deixou o príncipe-dragão de lado e foi ser feliz. Deixou para trás todo desrespeito, toda a amargura, toda a pressão, toda a doença e foi ser feliz. Foi viver novas aventuras, foi viver novas experiências, foi ser plena, como tinha direito. Foi ser livre, como merecia.

E viveu feliz para sempre.

Ps: Amiga, foi para você...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dores.

"eita, preula..."


Nos olhos. Na cabeça. No roxinho da perna. Mas principalmente no estômago... Será que são as borboletas??



-hunf!

Pensando.

Hoje eu acordei com essa música na cabeça. Sei lá...

(...)
Pois quando penso em você é quando não me sinto só
Com minhas letras e canções (...)

Afinação.


" Afinei os meus ouvidos, pra escutar suas chamadas..."

Então, sabe o que é? Foi. Um olhar, um mísero olhar, daqueles que só os míopes como eu, conseguem fazer: Você fixa no objeto a ser olhado, focaliza, força os olhos para o foco ser melhor, enruga a testa, e fica lá, olhando, até conseguir enxergar direito o objeto em questão.

Mas sabe, eu SEMPRE olhei assim. Como é que agora, soa tão diferente? Como é que só agora o objeto em questão tornou-se muito maior do que o olhar?. Inexplicável.

Tentamos fazer com que nossa vida siga o roteiro que nós imaginamos na nossa cabeça: Em uma fria noite de inverno/outono (dane-se, o importante é a noite fria, adoooro frio!) de repente, você olha e fala: “Esse é o cara!”, mas o cara em questão tem que ser AQUELE que você tanto quis por toda a vida, o lugar TEM QUE SER aquele que você sempre imaginou nas suas fantasias mais românticas, o MODO como você reage tem que ser aquele mais natural possível e claro, o desfecho...Ah, o desfecho te que ser o DE FINAL DE NOVELA DAS OITO, com MÚSICA DO FREJAT ao fundo e o direito da frase “felizes para sempre” no roda pé... Qualquer coisa que passe um milímetro longe disso tudo que você sonhou, não serve, não é “coisa do destino”, “não tem aquela química né, não?”. Fala aí que não é?!! Duvido!

Às vezes tudo o que se sonhou era utópico sabe? Às vezes, tudo que se viveu não passou de... Passagem. E isso mesmo: p-a-s-s-a-g-e-m, meu caro. Às vezes o que a gente procurou estava logo ali, em nosso focinho e nunca percebemos.

O cheiro, o gosto, o toque, o olhar, o sorriso, o ombro, as palavras, as piadas, as músicas, as frases feitas, os pileques, as confidências, as lágrimas choradas pro outrem, hoje fazem um sentido diferente. Ou melhor, começam a fazer um sentido diferente. Amadurecem aos poucos. Tomam um colorido especial. Uma cor de descoberta, que mistura medo de perder algo ao qual sempre se deu muito valor por uma vontade quase infame de tentar algo que nunca esteve nos planos.

Às vezes o que a gente precisa é de tempo. Tempo para digerir as histórias mal resolvidas em nossas almas. Tempo para amadurecer idéias. Tempo para perceber sentimentos. Tempo para pensar neles. Tempo para defini-los. Tempo para vivê-los.

Às vezes perdemos tempo demais querendo o que não é pra gente. Perdemos tempo demais definindo o que é melhor pra gente quando na verdade deveríamos perder tempo é pensando na música que tocou, na palavra que se falou, no gosto que se experimentou, na sensação que se sentiu, no sentimento que por fim, se definiu...

Agora é tempo de por na balança, todos os prós e contras. Ser sensata. Ser madura. E perceber que deve-se simplesmente viver a vida e não o final triunfal de uma novela das oito. Que não se deve querer apenas uma frase, existem tantas. Que deve-se querer apenas aquilo que nos faz feliz. Se completa, se é encontro Kármico, se é coisa do destino, se é “o cara”, isso o tempo vai me dizer. Mas mesmo pensando em tudo isso, mesmo tecendo toda essa nova história, a música do FREJAT é algo que eu não dispenso. Meeesmo!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sentir.

"O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre
exato"

Olha como é o destino. Resolvo eu, nessa tarde fria de feriado, ler alguns contos de Caio F. e aleatóreamente na primeira página que abro, encontro esse:


-Você gosta de estrelas?

-Gosto. Você também?

-Também. Você está olhando a lua?

-Quase cheia. Em Virgem.

-Amanhã faz conjunção com Júpiter.

-Com Saturno também.

-Isso é bom?

-Eu não sei. Deve ser.

-É sim. Bom encontrar você.

-Também acho.

(...)

-Você tem um cigarro?

-Estou tentando parar de fumar.

-Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.

-Você tem uma coisa nas mãos agora.

-Eu?

-Eu.

(...)

-Me beija.

-Te beijo.

(...)
Caio F. - O dia em que Júpter encontrou Saturno.


Algumas coisas na vida, simplesmente não têm explicação. Só me resta sentir.

domingo, 20 de abril de 2008

Olhar.


" Como se eu estivesse por fora do movimento da vida..."


Como Clarice Lispector, "Olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. "

A questão é que eu nunca havia olhado daquela forma. Pelo menos até então...

Será?



Ter.


" Eu não quero ganhar, eu só quero chegar junto, sem
perder, um a um..."

O que você tem? Você já parou pra pensar nisso? Eu não posso dizer que tenho muita coisa não. Eu não tenho riquezas. Não tenho bens materiais. Não tenho dinheiro. Um dia, quem sabe...

Hoje, fazendo o balancete dos meus bens, posso contabilizar alguns itens: Tenho 1 sonho, 1 objetivo, 1 desejo, 10 livros, 1 estilo de vida, 1.000.000 de músicas, 3 autores, 10 poetas, 2 dores físicas, 1 dor na alma, 1 dor de amor, 1 cachaça, 1 mico inesquecível, 3 Santos, 1 anjo da guarda ...1 cheiro, 1 cabeça fora do lugar, 1 paixão nascendo, 1 paixão morrendo, 1 amor mal-resolvido, 1 coração de ouro (Com cicatrizes sobre cicatrizes e cicatrizes), 1 sede incontrolável pelo viver, 1 pressa, 1 dia, 1 hora, 1 lugar e uma vontade sem fim de ser para sempre feliz.

É só. Até hoje eu só conseguir adiquirir isso. Só os bens da alma. Não sei se isso é ruim ou bom, se isso me faz melhor ou pior, mas acho que quando a gente começa a vida aprendendo a adquirir esse tipo de coisa, se vai pelo lugar certo... Por que eu não vou levar as casas, os carros, o saldo da minha conta bancária. Eu vou levar a minha alma. E essa, tá rica pra cassete!!

sábado, 19 de abril de 2008

À caneta.

" As lágrimas que caem deixam mais azuis as letras e os olhos não conseguem
enxergar..."


Durante algum tempo, concordei veementemente que o meu coração era escrito à lápis. Mas com o passar do tempo, percebi que não, que ele estava bem cheio é de frases azuis.


Frases escritas com força por uma caneta azul. E as frases de caneta, eu não posso apagar, como diria Nando Reis. Mas sabe, nem quero.


Cada uma forma o vocabulário que tenho hoje. Algumas frases foram escritas em cima de outras tal e qual alguém que tenta apagar uma tatuagem que não gostou com outra feita por cima. Outras foram tão bonitas que eu não deixo ninguém escrever por cima. Tem aquelas que foram escritas tantas vezes, que nem tem mais lugar. E tem outras que eu mesma escrevo. Só por garantia.


Hoje, eu estou escrevendo tudo à caneta. Pelo menos agora, o zelo que a caneta faz com que tenhamos ao escrever, se faz mais necessário do que nunca dentro de mim.


Pode ser só uma fase e eu volte algum dia a querer escrever à lápis novamente. Mas também pode ser uma transição.


E as mudanças, me amedrontam. Mais do que deveriam.

Olfato.


" Parece que fuera antes de ayer..."


Uma vez, uma pessoa muito especial que fez parte de um momento da minha vida, estava me ensinado sobre as estrelas. Paramos em um lugar, deitamos um ao lado do outro, ficamos olhando para cima e enquanto ouvia sobre as três marias, sobre os nomes de cada constelação e o que cada uma provocava na vida dos seres vivos aqui na terra, meu pensamento ia mais longe do qualquer uma delas em qualquer lugar.

Ouvia tudo, mas não me lembro de nenhuma palavra. Me lembro da situação. Me lembro das roupas. Me lembro da cores. Me lembro da temperatura. Me lembro dos olhos que me pediam ajuda a cada vez que olhavam dentro dos meus. Me lembro do cheiro daquele momento. Cheiro de erva-doce.

Não sei por que, naquela época nem creme, nem sabonete nem nada de erva-doce eu usava. Nem a pessoa. Mas eu senti esse cheiro. E ele ficou sendo exatamente o cheiro daquele momento. E o cheiro daquela situação que foi se desenrolando com o passar do tempo. Parece coisa de maluco, mas depois daquele dia, só senti esse cheiro duas vezes.

Mas voltando às estrelas, o discurso alongou-se madrugada a dentro. E das estrelas passou para o horizonte. E do horizonte passou para a vida. E da vida passou para o passado. E do passado passou a ser uma história. Linda.

Passamos pela vida de cada um, de uma forma tão misteriosa, intensa e abrupta que nem sei. Passou. Passei. Passamos.

Engraçado como algumas coisas ficam muito mais do que outras. E o que fica é sempre quase que inexplicável. Para mim, de tudo o que se viveu ficou o cheiro. Cheiro que eu nunca mais senti além dessas três vezes. E quem explica que de uns tempos para cá, mesmo não estando mais deitados um ao lado do outro, eu esteja sentindo esse cheiro nas horas mais loucas do meu dia, extremamente distantes daquela situação...

Eu não sei o que está acontecendo, se há tristeza, se há alegria, se há dor, se há glória, se há desespero, se há calma. Não sei o que é. Sei lá.

Só sei que o cheiro de erva-doce está mais presente do que nunca. E isso é incontestável, instigante. Inexplicável.




Fé.

" Vamos pedir piedade. Senhor, piedade, pra essa gente careta e covarde! "

Não tenho religião, mas tenho muita fé. Em Deus, em santos, em orixás, em buda, em espíritos, em tudo. Tenho fé no bem, não importa a forma que ele é personificado ou sentido.


Se tem um ícone da minha fé que merece o padrão " F " (foda) de qualidade, esse ícone é Santo Expedito.


Hoje é o dia dele.


Só para lembrar!

Obrigada Expedi, obrigada!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Passando.


"... tive vontade de sentar na calçada da rua augusta e
chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar
sonhos" - Caio F. Abreu

Meu aniversário se passou e nem comentá-lo eu pude. Engraçado. Há 22 anos atrás, uma menina de 21 e um menino de 22 esperavam ansiosamente a chegada de sua primeira filha. Aquela menininha que veio de surpresa, mas que sempre foi muito aguardada. Que foi a primeira. Filha, neta, sobrinha e todos os parentescos que você possa imaginar.
Ser a primeira sempre me fez carregar um fardo muito pesado. O fardo da perfeição. Um fardo que foi amenizado por todos os mimos e regalias que uma guria em minha situação costuma ter. Mas que não deixou de fazer parte de mim.
Hoje, com a mesma idade que meu pai tinha quando eu nasci me vejo de outro ponto de vista. Vejo uma menina tornando-se mulher, vejo a minha vida tal e qual os parágrafos de um conto ou os capítulos de um livro. Conto por tudo acontecer tão intensa e rapidamente que por vezes perco o fôlego. Livro por sentimentos, memórias, pessoas demorarem tanto a passar.
Hoje, consigo vislumbrar um futuro diferente do que eu imaginava com os meus doces quinze anos. Sei que tudo é mais árduo, mais difícil. Sei que por vezes vou dizer bom dia e ninguém vai me abraçar. Sei que às vezes terei que escolher um abraço. Mas posso ter certeza de que nunca vou ter o abraço que realmente desejaria.
Hoje, estou nostálgica. Na sei se é por conta do filme mental que sempre passa na sessão da tarde de nossas mentes nessas datas ou se é por conta de toda a agitação que a cidade passou por conta de festas que fazem lembrar um passado tão doce que me foi tirado tão amargamente. Só sei que o meu passado, a cada dia que torna-se um lugar calmo e seguro, no qual eu nunca poderei voltar para fazer durar um pouco mais. E isso me dói.
Hoje, o que me consola é que pelo menos aproveitei tudo o que deveria aproveitar nos momentos de alegria ou tristeza. Chorei todos os choros. Sorri todos os sorrisos. Dancei todas as danças. Experimentei todos os sabores, dos extremamente doces aos absolutamente amargos. Não tenho nenhuma dívida com meu passado. Só saudades.
Hoje, queria poder saber do meu futuro. Eu pedi isso na hora do parabéns. Mas não queria saber se vou ganhar dinheiro com a profissão que escolhi, se vou terminar a minha monografia, se viajarei mais, se escreverei meu livro de contos, se encontrarei meu grande amor ou se o amor que o destino trouxe para mim nessa vida vai voltar para os meus braços, se viverei até os 112 anos. Isso será conseqüência das escolhas que eu fizer e das atitudes que tomar ao longo do tempo. Queria saber se serei feliz independentemente do que acontecer. Acho que mereço sabe? Uma vez, li em algum lugar que o sofrimento potencializa o aprendizado. Eu só tenho medo eu obtenha a sabedoria que teria com os meus 112 anos com apenas 25. Não quero dar as minhas cabeçadas em vão. Queria ter certeza de que elas são somente os degraus que eu preciso transpor para chegar à felicidade extrema.
Hoje, gostaria de ter mais certezas. Certeza do que quero para mim. Certeza do que quero de mim. Tenho garra, tenho gana, tenho paciência. Mas não tenho grandes ambições, grandes objetivos, aliás, eu não tenho nenhum objetivo. Já tive, um dia. E ele me foi tirado de uma forma tão brusca que acho que a partir daquele momento decidi que deixaria a vida me levar. De certa forma tem dado certo, mas daqui a algum tempo, eu vou precisar ter um objetivo de novo. E não vou saber lidar com ele.
Hoje, eu sou um paradoxo. Sou certeza. Sou dúvida. Sou saudade. Sou solidão de amigos. Sou solidão de um amor que eu deixei passar. Sou alegria misturada com tristeza. Sou o destino brigando com o querer. Sou trabalho. Sou aprendizado amargo e doce. Sou eu querendo entender e acalmar o meu próprio eu. Por que ninguém vai fazer isso por mim. E se eu não me apoiar, ninguém vai. Sou tudo. E sou nada.

Saudade.



“Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração -
tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos." Caio
Fernando de Abreu


Sabe, a saudade de uns dias pra cá, não sei por que, resolveu me visitar, trazendo por todo o tempo todas as lembranças. As músicas, as danças, as fotos, os modos...
E uma saudade agridoce, misturando o sal da falta com o mel da lembrança. Lembrança do que foi. Lembrança do que é. Lembrança do que vai ser.
Fico me perguntando como Frejat um dia se perguntou: “Que pedaço é esse que me falta, que não me deixa esquecer?”.
As pessoas passam. Os sentimentos fluem. A vida segue. Mas aquela parte, aquela partezinha mágica, engraçada, intensa, não sai. Não vai.
Não me importam as lágrimas derramadas, os pensamentos doidos e sem nexo que passaram por nossas mentes. Não me importa a mágoa e a dor, estancadas com um punhal dentro de mim. O punhal é feito de açúcar e o sentimento que ele estanca junto com as feridas consegue ser muito maior do que tudo isso junto.
Belo, intenso, trágico, triste. Mas cortado ao meio. Não sei por que, não sei por quem. Mas também, nem me interessa saber. Um dia, a gente junta todos os cacos que ficaram espalhados por nossos caminhos. Cacos feitos por você, por mim, por nós, pelos outros, pela vida. A gente junta e faz um vaso bem colorido, abstrato. Abstrato como nossos sentimentos. Abstrato como nosso amor. Basta você querer.
E enquanto essa hora não chega, enquanto o destino não resolve parar de testar a minha resistência à saudade e te deixar tão longe de mim, só me resta parafrasear meu mais novo querido, Caio Fernando Abreu, e te dizer: “Vou repetir no teu ouvido muitas e muitas vezes: A única coisa que posso fazer é escrever, a única coisa que posso fazer é escrever”... Mesmo que o seu ouvido esteja tão longe. Mesmo que eu divague tudo isso para o nada. Mesmo que você não leia. Mesmo que nem imagine que escreva isso para você. Mesmo que tudo isso não passe de mais um devaneio. Você vai sentir. Assim como eu ainda sinto você.

sábado, 5 de abril de 2008

Da série: Pleonasmos da vida...



"palma, palma. Não priemos cânico!!"


Só tenho uma coisa a dizer: Homens, pfff ! Mais previsíveis do que poderíamos supor.



Uma visão real. (Arnaldo Jabbor)


Foi lendo um monte de besteiras que as mulheres escrevem em livros sobre o 'universo masculino', que resolvi escrever esse e-mail. Não tenho objetivo de 'revelar' os segredos dos homens, mas amigos, me desculpem. Não se trata de quebrar nosso código de ética.Isso vai ajudar as mulheres a entenderem os homens e, enfim,pararem de tentar nos mudar com métodos ineficazes. Vou começar de sola. Se não estiver preparada nem continue a ler. E digo com segurança: o que escrevo aqui se aplica a 99,9% dos homens baianos e brasileiros (sem medo de errar).

1º Não existe homem fiel.

Você já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade. Não é desabafo. É palavra de homem que conhece muitos homens e que conhecem, por sua vez, muitos homens. Nenhum homem é fiel, mas pode estar fiel (ou porque está apaixonado, (algo que não dura muito tempo - no máximo alguns meses - nem se iluda) ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo. Isso vai se voltar contra você).A única exceção é o crente extremamente convicto. Se você quer um homem que seja fiel, procure um crente daqueles bitolados, mas agüente as outras conseqüências.

2º Não desanime.

O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo. A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia. Não é como a da mulher. Mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento... O homem só precisa de uma bunda. A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher.
3º Não fique desencantada com a vida por isso.

A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário. O cara que fica cercado, sem trair, é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça. Entenda de uma vez por todas: Hooêmens e mulheres são diferentes. Se quiser alguém que pense como vc, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um viado enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social. Todo ser humano busca a felicidade, a realização. E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, tá tudo no cérebro). A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável, com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho. O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e a realização pessoal dele vêm de diversas formas: Pode vir com o sentimento de paternidade, com uma família estruturada, etc., mas nunca vai vir se não puder ter acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão. Se você cercar seu homem (tipo, mulher que é sócia do marido na empresa. O cara não dá um passo no dia-a-dia sem ela) você vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas ou seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente. (Vai ser um cara sem ambição e sem futuro).

4º Não tente mudar para seu homem ser fiel.

Não adianta. Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira, etc... Nada disso vai adiantar. É lógico que quanto mais largada você for, menor a vontade do homem de ficar com você e maior as chances do divórcio. Se ser perfeita adiantasse, Julia Roberts não tinha casado três vezes. Até Gisele Bunchen foi largada por Di Caprio, não é você que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha). O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos (na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, troca de olhares). Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por fora. Isso é o segredo para um bom casamento. Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer.

5º Se você busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis.

Eles não existem nesse conceito que você imagina. Os homens perfeitos de hoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmente, que traem esporadicamente (uma vez a cada dois meses, por exemplo), mas que respeitam a mulher, ou seja, não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família, não traem muitas vezes, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muuuuuito discretos: Não deixam a esposa (e nem ninguém da sua relação, como amigas, familiares, etc saberem). Só, e somente só, um amigo ou outro DELE deve saber, faz parte do prazer do homem contar vantagem sexual. Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar. As traições do homem perfeito geralmente são numa escapulidas numa boate, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade. O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras. Elas são causadoras de problemas. Isso remete ao próximo tópico.

6º ESSE TÓPICO NÃO É PARA AS ESPOSAS - É PARA AS SOLTEIRAS OU AMANTES.

Esqueçam de uma vez por todas esse negócio de homem não gosta de mulher fácil. Homem adora mulher fácil. Se 'der' de prima então, é o máximo. Todo homem sabe que não existe mulher santa. Se ela está se fazendo de difícil, ele parte para outra. A demanda é muito maior do que a procura. O mercado tá cheio de mulher gostosa. O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte. Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema). Ou, como se diz na gíria, é pepino puro. O fato de você não ligar para o homem e ele gostar de você não quer dizer que foi por você se fazer de difícil, mas sim por você não representar ameaça para ele. Ele vai ficar com tanta simpatia por você que você pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher. Ele vai começar a se envolver sem perceber. Vai começar ELE a te procurar. Se ele não te procurar era porque ele só queria aquilo mesmo. Parta para outro e deixe esse de stand by. Não vá se vingar, você só piora a situação e não lucra nada com isso. Não se sinta usada, você também fêz uso do corpo dele - faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida.

7º 90% dos homens não querem nada sério.

Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida de balada ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento. Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre). Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado e dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele. Fazer doce só agrava a situação, estamos em 2008 e não em 1957. Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros.

8º Para ser uma boa esposa e para ter um casamento pelo resto da vida faça o seguinte:

Tente achar o homem perfeito do 5º item, dê espaço para ele. Não o sufoque. Ele precisa de um tempo para sua satisfação. Seja uma boa esposa, mantenha-se bonita, magra, sensual, malhe, tenha uma profissão (não seja dona de casa), seja independentee mantenha o clima legal em casa. Nada de sufoco, de 'conversar sobre a relação', de ficar mexendo no celular dele, de ficar apertando o cerco, etc. Você pode até criar 'muros' para ele, mas crie muros invisíveis e não muito altos. Se ele perceber ou ficar sem saída, vai se sentir ameaçado e o casamento vai começar a ruir. A última dica:

9º Se vc está revoltada por este e-mail, aqui vai um conselho:

Vá tomar uma água e volte para ler com o espírito desarmado. Se revoltar quanto ao que está escrito não vai resolver nada em sua vida. Acreditar que o que está aqui é mentira ou exagero pode ser uma boa técnica (iludir-se faz parte da vida, se você é dessas, boa sorte!). Mas tudo é a pura verdade. Seu marido/noivo/namorado te ama, tenha certeza, senão não estaria com você, mas trair é como um remédio; um lubrificante para o motor do carro. Isso é científico. O homem que você deve buscar para ser feliz é o homem perfeito do item 5º. Diferente disso ou é crente, ou veado ou tem algum trauma (e na maioria dos casos vão ser pobres). O que você procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que você possa achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que você nunca vai encontrar. Espero ter ajudado em alguma coisa. Agora, depois de tudo isso dito, cadê a coragem de mandar este e-mail para minha mulher??


Enfim, Hãn, hãn, entendi e anotei tudinho. Agora conta a novidade, Jabbor!!


Ps: Não sei foi o Jabbor que escreveu, ok? Recebi por e-mail e tive preguiça de pesquisar para saber se era verídica a autoria!


mi ;)

Quem não é lido não é lembrado...

"palavras apenas, palavras pequenas..."

Estava pensando dias desses sobre algo muito peculiar: Para mim o amor tem que aguçar todos os sentidos. Tem que ter cheiro. Tem que ter gosto. Tem que ter cores. Mas acima de tudo tem que ter palavras.
Para mim a máxima “um olhar vale mais que mil palavras” é balela. Ver, sentir, ler, reler, grifar, colar na agenda... Ouvir, seja poesia, frase pronta ou uma simples palavra. Mas que eu ouça, que eu leia.
Diga, escreva, eternize. As palavras são tão simples de serem soltas por aí, as vejo como um raio-x do coração. Não podemos e não devemos esconder do mundo nossas palavras. Nossos ancestrais tiveram tanto, mas tanto trabalho para criá-las, modificá-las e você as desperdiça assim? Guardando dentro de si? Não, Não e não!!
Eu não me apaixono por pessoas. Me apaixono por palavras, pois as tenho em minha essência. Quero verbos, pronomes, sujeitos ocultos, adjuntos adnominais ou nominais, substantivos sejam diretos ou não, artigos, advérbios...
Mentiras sinceras, verdades ocultas, aflições, carinho, ódio rancor, paz, amor... Quero poder ler tudo isso em alguém, ler tudo isso de alguém. Não precisa ser bonito, rimado, bem escrito ou conjugado. Só quero conseguir interpretar.
Não vou apontar os erros de português, inglês, espanhol, francês, italiano ou mandarim (esses dois últimos então, nem poderia!!), não vou analisar suas frases como a professora de português chata, que exige a perfeita concordância entre “ os verbos e os seus discípulos” muito menos se você escreveu errado. Porque no amor eu não procuro os erros, mas sim os acertos, o objetivo final de daquele texto. Me preocupo em sentir se todas aquelas frases irão me emocionar ao ponto de querer reler, grifar, circular, publicar, colocar num mural aquele pedaço de papel.
Quero ter caixas e mais caixas com folhas e folhas, de rascunho, brancas, recicladas, rosas, azuis, coloridas. Papel de carta, de escritório, de seda, cartolina. Bilhetinho, cupom de supermercado, cardápio da lanchonete, caderno, livro. Escritos à caneta esferográfica, giz de cera, aquarela, lápis preto ou de cor. Com letras bonitas, garranchos, sinais, cartas criptografadas, digitadas, datilografadas. Sentimentos descritos, tudo ali, comprovado, seja com poesias tortas, prosas rimadas, declarações de amor ou de guerra, lembretes e afins. Quero ter história para contar, quero ter bagagem para levar.
Por que, o amor que é feito sem palavra, para mim não é amor. Sabe a máxima do “quem não é LIDO, pela michelle não é lembrado” ? Então... Amor assim para mim não serve.

Escreva-se...

... Que eu te leio!

Bjus

mi ;)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Exagerado...


" Sou ariano. E ariano não pede licença, entra, arromba a porta. Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é para se mostrar. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho..." (Cazuza)


Se vivo, Cazuza faria na data de hoje 50 anos. 50 anos, e o tempo não parou...
VIVA AO ETERNO CAZUZA!


mi ;)