"tanta coisa nos espera, me espera na janela..."
Naquele fim de semana que precedia uma semana pela metade, pois teríamos um feriado, resolvi pensar. Óóó, grande coisa - vocês devem estar se perguntando nesse momento. -
Naquele fim de semana resolvi ler todos os textos, pensamentos, frases e bilhetinhos criados na agenda e no outlook pra lembrar que uma decisão precisava urgentemente ser tomada. Que não dava mais para ficar criando suposições baratas dentro da cabeça, que a “espera pra ver” tinha que finalmente acabar.
Pensei durante todo um fim de semana. E mais três dias. Nesse tempo, um filme passou pela minha cabeça. O filme mental começou justamente em um pré-feriado qualquer em 2004, onde tive que levar dez livros pra minha casa, para fazer trabalhos e estudar para as provas... Imagine uma pessoa desastrada como eu carregando: Bolsa, cadernos, pasta de xerox e mais dez livros. Agora imagine essa mesma pessoa com pressa porque saiu suuuper atrasada da aula e estava atrasando o ônibus em que ela ia à faculdade. E imagine ainda o ônibus lotado, sem NENHUM lugar para sentar, carregando tudo isso. Nessa hora só me veio uma frase singela à cabeça e a boca: PUTAQUEPARIL, VAI TOMAR NO CÚ ONIBUS LOTADO DO INFERNO!
Mas eis que o destino nos prega peças. Tinha sim um lugar. Ao lado de um menino quieto, todo vestido de preto com apenas um caderno, uma caneta e uma lapiseira nas mãos. “Posso me sentar aqui”, foi a primeira coisa que eu disse a ele. “Claro!” foi a primeira coisa que ele me respondeu. E depois de comparar o meu tanto de material pra estudo e o dele, “Nossa, como homens são práticos!” foi a segunda coisa que eu disse. Depois disso eu não me lembro mais do diálogo. Mas a partir daí, ficamos amigos e íamos todos os dias para “facul” conversando no “busão”. Todos os assuntos, todos os temas, tudo era amplamente discutido e debatido. Descobrimos afinidades e alguns aspectos, muitas diferenças em outros, mas algo era mutuamente compartilhado: O grande carinho que um despertou no outro.
Para mim sempre foi muito legal tem um melhor amigo. Eu não precisava disfarçar ser uma coisa que não era. Não precisava ser educada e fina. Não precisava maneirar nos palavrões, nas atitudes transloucadas, nas bobeiras ditas, nos comentários sarcásticos. Ele nunca ia falar nada que desaprovasse tais atitudes. Ele me apresentava coisas novas, me fazia enxergar alguns fatos sob uma ótica que nunca veria, me induzia a ser mais comedida. Eu era simplesmente eu. Ele era simplesmente ele. E éramos felizes por compartilhar esse eu-nosso.
E essa amizade durou muitos anos. Pura e simples. Conversávamos muito no portão da minha casa, comendo os bolos que a minha mãe fazia (mãe essa que gosta mais dele do que de mim, diga-se de passagem, rsrsrs). Contávamos histórias, pedíamos opiniões, dávamos muita risada, tínhamos o apoio um do outro. Ombros, mãos e coração sempre eram doados um ao outro quando necessário. Tudo muito simples. Como uma amizade boa de verdade tem que ser.
E assim durou e durou. Até um dia em que eu o olhei de uma forma diferente. Não sei explicar como isso se deu. Só sei que olhei e tava diferente. Aí, fui buscar dentro das minhas emoções o que é que tava acontecendo e logo cheguei à conclusão de que estava me confundindo. Mas aquilo não saiu da minha cabeça e eu sempre deixava para depois: Depois eu pensava, depois eu perguntava, depois eu sentia.
Aí chegou um dia em que não deu mais para esperar. Recebi uma msg avisando que iríamos à aula de dança. – Vai ser hoje -, eu pensei. Tudo foi milimetricamente pensado e planejado. Faria a proposta de bebermos, como sempre fazíamos, conversaríamos, nos divertiríamos muito como sempre costumávamos fazer, mas se naquela noite nenhum sinal, nenhum gesto, nenhuma palavra de reciprocidade fosse mencionada, seria a prova de que tudo o que eu estava pensando por aquelas semanas era puro engano.
E assim foi. Fomos à aula. Bebemos. Conversamos. Nos divertimos muito. E na hora de ir embora, um abraço. Um abraço totalmente diferente de todos os abraços já oferecidos um ao outro. Aquele abraço foi o sinal derradeiro que eu precisava para à partir daquele momento sem planos ou metas, sentir aquilo que até então estava na cabeça. Simplesmente transferir o sentimento de lugar.
E depois de algumas palavras o beijo aconteceu. O beijo mais doce de toda uma vida.
E então os dias foram passando. O sentimento se transformando. A diversão que é ter em alguém com quem se passa momentos tão ternos o seu melhor amigo, foi a cada dia aumentando. As descobertas de facetas um do outro que até então eram só comentadas ou imaginadas, foram fazendo-se presentes...
Tudo conspirou para que vivêssemos juntos o que sempre procuramos separados. Hoje os medos são outros mas sabe? Insignificantes. Por que hoje pelo menos as minhas certezas, são maiores ainda!
Naquele fim de semana resolvi ler todos os textos, pensamentos, frases e bilhetinhos criados na agenda e no outlook pra lembrar que uma decisão precisava urgentemente ser tomada. Que não dava mais para ficar criando suposições baratas dentro da cabeça, que a “espera pra ver” tinha que finalmente acabar.
Pensei durante todo um fim de semana. E mais três dias. Nesse tempo, um filme passou pela minha cabeça. O filme mental começou justamente em um pré-feriado qualquer em 2004, onde tive que levar dez livros pra minha casa, para fazer trabalhos e estudar para as provas... Imagine uma pessoa desastrada como eu carregando: Bolsa, cadernos, pasta de xerox e mais dez livros. Agora imagine essa mesma pessoa com pressa porque saiu suuuper atrasada da aula e estava atrasando o ônibus em que ela ia à faculdade. E imagine ainda o ônibus lotado, sem NENHUM lugar para sentar, carregando tudo isso. Nessa hora só me veio uma frase singela à cabeça e a boca: PUTAQUEPARIL, VAI TOMAR NO CÚ ONIBUS LOTADO DO INFERNO!
Mas eis que o destino nos prega peças. Tinha sim um lugar. Ao lado de um menino quieto, todo vestido de preto com apenas um caderno, uma caneta e uma lapiseira nas mãos. “Posso me sentar aqui”, foi a primeira coisa que eu disse a ele. “Claro!” foi a primeira coisa que ele me respondeu. E depois de comparar o meu tanto de material pra estudo e o dele, “Nossa, como homens são práticos!” foi a segunda coisa que eu disse. Depois disso eu não me lembro mais do diálogo. Mas a partir daí, ficamos amigos e íamos todos os dias para “facul” conversando no “busão”. Todos os assuntos, todos os temas, tudo era amplamente discutido e debatido. Descobrimos afinidades e alguns aspectos, muitas diferenças em outros, mas algo era mutuamente compartilhado: O grande carinho que um despertou no outro.
Para mim sempre foi muito legal tem um melhor amigo. Eu não precisava disfarçar ser uma coisa que não era. Não precisava ser educada e fina. Não precisava maneirar nos palavrões, nas atitudes transloucadas, nas bobeiras ditas, nos comentários sarcásticos. Ele nunca ia falar nada que desaprovasse tais atitudes. Ele me apresentava coisas novas, me fazia enxergar alguns fatos sob uma ótica que nunca veria, me induzia a ser mais comedida. Eu era simplesmente eu. Ele era simplesmente ele. E éramos felizes por compartilhar esse eu-nosso.
E essa amizade durou muitos anos. Pura e simples. Conversávamos muito no portão da minha casa, comendo os bolos que a minha mãe fazia (mãe essa que gosta mais dele do que de mim, diga-se de passagem, rsrsrs). Contávamos histórias, pedíamos opiniões, dávamos muita risada, tínhamos o apoio um do outro. Ombros, mãos e coração sempre eram doados um ao outro quando necessário. Tudo muito simples. Como uma amizade boa de verdade tem que ser.
E assim durou e durou. Até um dia em que eu o olhei de uma forma diferente. Não sei explicar como isso se deu. Só sei que olhei e tava diferente. Aí, fui buscar dentro das minhas emoções o que é que tava acontecendo e logo cheguei à conclusão de que estava me confundindo. Mas aquilo não saiu da minha cabeça e eu sempre deixava para depois: Depois eu pensava, depois eu perguntava, depois eu sentia.
Aí chegou um dia em que não deu mais para esperar. Recebi uma msg avisando que iríamos à aula de dança. – Vai ser hoje -, eu pensei. Tudo foi milimetricamente pensado e planejado. Faria a proposta de bebermos, como sempre fazíamos, conversaríamos, nos divertiríamos muito como sempre costumávamos fazer, mas se naquela noite nenhum sinal, nenhum gesto, nenhuma palavra de reciprocidade fosse mencionada, seria a prova de que tudo o que eu estava pensando por aquelas semanas era puro engano.
E assim foi. Fomos à aula. Bebemos. Conversamos. Nos divertimos muito. E na hora de ir embora, um abraço. Um abraço totalmente diferente de todos os abraços já oferecidos um ao outro. Aquele abraço foi o sinal derradeiro que eu precisava para à partir daquele momento sem planos ou metas, sentir aquilo que até então estava na cabeça. Simplesmente transferir o sentimento de lugar.
E depois de algumas palavras o beijo aconteceu. O beijo mais doce de toda uma vida.
E então os dias foram passando. O sentimento se transformando. A diversão que é ter em alguém com quem se passa momentos tão ternos o seu melhor amigo, foi a cada dia aumentando. As descobertas de facetas um do outro que até então eram só comentadas ou imaginadas, foram fazendo-se presentes...
Tudo conspirou para que vivêssemos juntos o que sempre procuramos separados. Hoje os medos são outros mas sabe? Insignificantes. Por que hoje pelo menos as minhas certezas, são maiores ainda!
3 comentários:
Um sentimento que nasce assim,a partir de um outro sentimento sincero,é sempre o melhor de todos!Bjs
rs...Michelle, vc andou roubando a minha vida?? rsrsrsrs
Brincadeirinha...já vivi algo mto parecido, com mto ônibus no meio tb, mas enfim...
Bjo
O começo!
Uma viagem no Mundo presente
Será que o vento açoita as árvores
Ou são elas que cedem ao embalo docemente
Gostava que sentisses o embalo das palavras
Bom fim de semana
Mágico beijo
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