quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre ter e não ter.

Essa é a segunda vez que escrevo esse mesmo texto, porque o meu computador tem vida própria e as vezes decide me irritar. E muito. Mas enfim, isso é assunto para outro post.
Tem vezes que eu preciso escrever. Escrever pra por pra fora do meu coração os meus fantasmas e angústias que nele estão antes que eles me engulam e me levem pra sei lá onde.
Essa semana eu estou sentimental. Muito mais sentimental do que o normal de sentimental que eu sou. Essa semana eu tô muito mulherzinha., chorando por tudo, querendo tudo, querendo nada... E nessas semanas cenas simples do cotidiano me entorpeceram muito mais do que o normal. Duas em especial me fizeram chorar, de verdade.
A primeira, foi fazendo meu passeio diário pelos blogs que me inspiram. Um deles é o da Oksana que descreveu em dois palitos uma realidade tão simples, mas tão linda, tão o que eu queria para mim... que juro, chorei qdo eu terminei de ler o seu relato sobre todos os intempérios que ela e o "namorido" estão passando com a mudança para a "casa nova deles". Eu não tenho esse tipo de relato, mas o queria. Muito. Sei que um dia posso ter, mas tá muito, muito longe de acontecer.
A segunda foi hoje, logo no comecinho da noite e que sinceramente foi o estopim que me fez escrever esse post. Fui ao supermercado comprar uns itens que minha mae havia pedido e qdo chego estão em casa um casal de amigos de faculdade da minha irmã que mantém uma amizade bacana com a minha família. Eles estavam lá, simplesmente sentados nos banquinhos que existem na áreas dos fundos da minha casa, tomando uma cerveja com o meu pai e contando dentre outras histórias que precisavam ir ao supermercado comprar algumas coisas, tinham também que se organizar para um compromisso importante que teriam na sexta-feira. Nada de mais, mas para mim teve um significado tão terno. A cumplicidade, as coisas corriqueiras que pra muitos não tem tanta importância mas para mim são como verdadeiros tesouros.
Eu durante muito tempo procurei uma companhia em meio a uma multidão de pessoas onde eu pudesse ter e realizar tudo aquilo que eu idealizava antigamente. Até que encontrei, só que as coisas foram mudando e hoje eu tenho uma amor que me dá tudo e mais um pouco daquilo tudo que eu sonhei. Mas não quando e como eu gostaria que fosse.
Isso é que me fez chorar ao ver e ler as duas histórias citadas acima. Eu tenho todo o amor que eu sonhei nessa vida. Mas só aos fins de semana e feriados.
Eu o tenho.
Mas aos mesmo tempo não o tenho.
Entende?



Um dia, o Cazuza disse pra Michelle que a solidão a dois de dia, faz calor, depois faz frio.

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