quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Sobre o que nem eu mesma sei.
Sabe quando você para (olha a reforma ortografica aí, gente!) e sei lá começa a pensar que você não tem mais o que pensar? Não tem mais o que dizer?
Ultimamente nada tem me importado. No sentido de que não fazer a minima diferença, sabe?
Não me importo se chego tarde, se acordo cedo, se não sou util durante o dia e uma perfeita inutil durante a noite. Não me importa mais o porquê do esporro, da porrada com o olhar, das palavras mal ditas, o salário que virou lenda. Eu apertei o botão do foda-se entende?
Acho que a mudança do meu nipônico para Sampa me abalou muito mais do que eu imaginei que me abalaria, me entristeceu mais do que achei que me entristeceria, me enfraqueceu muito mais do que eu achei que me enfraqueceria.
Também começo a entender a importância que a minha profissão tem na minha vida, eu disse profissão, não emprego.
Os meus choros matinais, diurnos e noturnos, minhas olheiras mais profundas e saltitantes do que de costume estão me fazendo entender que sou frágil demais e que não, eu não eu não suporto a dor, eu não suporto a saudade, eu não suporto a falta do que fazer, eu não suporto a falta de reconhecimento, eu não suporto trabalhar e não receber o dinheiro no fim do mês, eu não suporto a falta de comprometimento das pessoas para comigo, não suporto querer mudar e não sair do lugar.
Mas, amanhã é outro dia.
Ou não. Isso também começa a não mais fazer a menor diferença.
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