quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sobre percepções.

Podem falar o que for, meus caros leitores, mas eu definitivamente envelheci.
Sair para dançar, ficar amyhouseando por aí, chegar de madrugada em casa, sair para beber, jogar conversa fora... Coisas que antigamente me deixariam num puro êxtase hoje já não fazem a minha cabeça, já não me tornam uma pessoa feliz.
Eu não tenho tempo a perder, eu perdi tempo demais procurando a felicidade em coisas e pessoas que não mereceram um minuto do meu zelo e atenção. Não me arrependo dos caminhos que eu trilhei e das pessoas que por mim foram autorizadas a trilhá-lo por algumas vezes junto a mim. Delas guardo as lembranças e os aprendizados obtidos a cada fase do percurso.
Mas é que agora que eu finalmente encontrei o que demorei tanto tempo para achar eu não quero perder um só segundo, eu não quero deixar escapar nenhum momento seja ele prazeroso ou não. Eu não estou deixando escapar a minha juventude, eu não estou perdendo oportunidades, eu não estou fazendo nada que eu vá me arrepender depois. Simplesmente ter ficado sozinha por tanto tempo, sempre como expectadora da felicidade alheia, pensando e idealizando que nunca teria algo parecido com aquilo esperando por mim, me proporcionou uma nova percepção dos momentos e também ter um olhar mais critico sobre a minha vida e finalmente entender que a felicidade está nas pequenas coisas, nos pequenos gestos.
Ver a felicidade é digno de cientistas, por que ela está em coisas microscópicas, muitas vezes invisíveis a olho nu. Hoje, a minha encontra-se em fazer planos malucos. Em ter desejos secretos. Em sentir aromas. Em um beijo caloroso. Em uma palavra apaixonada. Num gesto de carinho. Em uma discussão boba, porque não? Fazer as pazes é tão bom... Vejamos... Em encostar pé com pé. Em olhar no olho, ficar quieta ouvindo musica calma ou um filme trash. Em ter paz, calmaria, sossego. Em finalmente ter amor.
A minha felicidade finalmente descobriu que assim como eu tinha alguém bem perto de mim procurando outro alguém, assim, como eu. E se no tempo de ontem eram dois procurando ser um só, hoje são um só procurando no tempo de amanhã ser um monte de um só.
Podem me chamar de egoísta, de chata, de boba por no tempo de agora não viver da mesma forma que eu vivia antes.
Mas sabe, se hoje viver está tão mais bonito...
Imagina amanhã?

Um comentário:

Dois cigarros e um café. disse...

eu ainda ahco que balada não é perder tempo, acho que me recuso a ficar velha.
Amywinehousear por aí é o que há rs.
Mas te entendo.

Beijundas ^^